quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Igreja, estou fora ou estou dentro



  Tive a oportunidade de ler essa semana o livro, "Igreja, tô fora", do Ricardo Agreste, escritor e pastor na Comunidade Presbiteriana Chácara primavera, localizada em Campinas-SP. Ao ter em mãos o pequeno livro de 118 páginas, publicado pela editora SOCEP, é impossível não ter algum sentimento em relação ao título que choca alguns e atrai outros.
  O Assunto abordado é algo que vem sendo discutido por muitos lideres hoje, mas que ainda precisa de uma atenção e carinho especial, algo que o autor consegue fazer com uma linguagem clara e objetiva. Sendo assim, a leitura não foi nem um pouco cansativa e como acontece em bons livros, a cada página a vontade é de seguir lendo.
  Ao todo temos cinco capítulos que tratam sobre a igreja e a situação dela na atualidade. Seu DNA, a cultura, a liderança, sua missão e finalmente, o que é igreja respectivamente. A questão predominante está relacionada ao interesse das pessoas pela espiritualidade, mas ao mesmo tempo a repulsão que elas tem pela igreja. Afinal, como a igreja local pode se tornar relevante ao mundo do século XXI mantendo-se Fiel a Jesus e a sua mensagem ?
 
 A primeira coisa que precisamos lembrar e ter em mente é o DNA da igreja. Como ela surgiu e como ela era no seu inicio ? Se respondermos essa pergunta a luz da bíblia, veremos que a igreja em seu inicio, era composta por pecadores. Pessoas falhas que gradativamente tiveram suas vidas transformadas pelo Espirito Santo. As igrejas as quais Paulo destinava suas cartas, não eram igrejas onde todos os seus membros eram perfeitos, mas igrejas onde havia um povo justificado por Deus que estava em obras. A graça de Deus é o elemento chave para compreender que a igreja é um lugar onde pecadores são bem vindos, e que ali eles terão a oportunidade de serem lavados, santificados e justificados por Deus. O entendimento disso nos leva a manifestar mais humildade na visão que temos de nós mesmos, afinal todos somos falhos e temos um histórico de pecados no passado. Também nos leva ao relacionamentos com maior graça e um maior compromisso no cuidado mutuo. Onde cristãos se encorajam a seguir firme no processo de afastar-se da vida de pecado e buscar a vida nova em Cristo.
  As igrejas em geral sempre almejam estar integradas a cultura. Mas o que ocorre muitas vezes é que a igreja é mudada pela cultura ao invés de acontecer uma mudança na cultura devido a influencia da igreja.
  Os elementos culturais são divididos em dois grupos. No primeiro temos elementos de uma cultura marcada pela queda do homem. Mas temos também elementos que são reflexo dos seres humanos como criaturas de Deus são relacionais, racionais e criativos.
  A igreja precisa identificar os pontos de contato na cultura e oportunidades de comunicar o evangelho as pessoas inseridas na cultura e ao mesmo tempo identificar as distorções e disfunções, confrontando o que leva os seres humanos a se afastarem de Deus. Um dos elementos que influenciam muito as igrejas é o consumismo. Igrejas tendem a se tornam lojas que vendam uma certa espiritualidade e por sua vez, as pessoas se comportam como clientes indo a igreja como se estivesse escolhendo uma prestadora de serviços religiosos. A liderança é um fator inquestionável, quando se fala de ser relevante e permanecer fieis a Cristo. O que mais vemos hoje é escândalos relacionados a lideres que não se comprometeram verdadeiramente com os princípios de Deus. Esse compromisso com certeza trará algum peso e desafios, mas não há nada melhor que permanecer fiel àquele que nos chamou.
  Paralelo a liderança, está ainda a missão da igreja.
  O foco da igreja é anunciar o evangelho aos que ainda não creram. Logo no inicio, vemos que a igreja sempre tendência a se tornar um clube preocupado mais com o bem estar de seus sócios do que uma instituição voltada para os de fora. Isso aconteceu na igreja de Jerusalém e Deus através da perseguição fez com que os primeiros cristãos não se tornassem um grupo fechado, mas que anunciasse o evangelho.

  Ser igreja parte do ser cristão, do ser discípulo de Cristo. O ser igreja envolve compromisso com Deus e com a sua vontade. É ser uma comunidade dinâmica, sempre se movimentando e voltada para os de fora. É andar na disposição e capacitação do Espirito Santo. Isso requer muitas vezes abrir mão das nossas preferências e nos rendermos a vontade de Deus para nosso tempo e sociedade. Requer uma reavaliação da nossa atuação na cultura como igreja local e principalmente observar se como individuo, eu sou realmente um discípulo de Cristo, ou espero que a igreja exista em função das minhas preferencias.

Um comentário:

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