sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Matrix e a fé




  
 Mais uma vez assisti o primeiro filme da trilogia Matrix e acredito ser difícil conhecer alguém que não assistiu pelo menos por curiosidade, a um dos filmes da trilogia, seja atraído pelos efeitos especiais que revolucionaram na época e até hoje são interessantes de se ver, ou pela historia contada que nos leva a refletir acerca de muitas coisas.   Muitos comentários podem ser encontrados em livros e na internet fazendo um paralelo com a vida cristã e de fato, realmente existe muito que o filme em si nos lembra a respeito da vida cristã. seja essa ou não a intenção dos seus criadores. 
 Mas ao rever mais uma vez o filme hoje me chamou a atenção uma cena que não me lembro ter reparado antes. Uma cena que descreve a base da fé para salvação. Quando Morpheus, um dos personagens do filme é capturado, Neo, o personagens central, decide ir resgatá-lo. E ao ser questionado sobre isso ele diz : Morpheus acreditava em algo, e estava pronto para dar sua vida por isso.  A fé para salvação é simplesmente isso. Crer em Jesus Cristo a ponto de dar sua vida por crer Nele. De fato, não seria dar a vida, mas seria perdê-la. O próprio Jesus disse que seguindo-O nós, teríamos de negar a nós mesmos. Os apóstolos não somente viveram uma vida de total entrega a morte, mas escreveram sobre isso. Paulo em mais de uma vez, fala que somos participantes com Cristo em sua morte, de forma que também morremos.  
 O fato é que, se realmente sabemos que esse mundo é ilusão e que tudo aqui é passageiro, porque ainda nos prendemos a esse mundo e vivemos como pessoas daqui ?   Outra frase que me chama a atenção é quando Morpheus diz :  Cedo ou tarde você vai perceber como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho.   O que vejo hoje é que conhecemos o Caminho, mas pouco percorrem o caminho. Somente a verdadeira fé em Jesus Cristo pode levar alguém a percorrer o caminho e isso faz toda a diferença.  Abraços.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Igreja, estou fora ou estou dentro



  Tive a oportunidade de ler essa semana o livro, "Igreja, tô fora", do Ricardo Agreste, escritor e pastor na Comunidade Presbiteriana Chácara primavera, localizada em Campinas-SP. Ao ter em mãos o pequeno livro de 118 páginas, publicado pela editora SOCEP, é impossível não ter algum sentimento em relação ao título que choca alguns e atrai outros.
  O Assunto abordado é algo que vem sendo discutido por muitos lideres hoje, mas que ainda precisa de uma atenção e carinho especial, algo que o autor consegue fazer com uma linguagem clara e objetiva. Sendo assim, a leitura não foi nem um pouco cansativa e como acontece em bons livros, a cada página a vontade é de seguir lendo.
  Ao todo temos cinco capítulos que tratam sobre a igreja e a situação dela na atualidade. Seu DNA, a cultura, a liderança, sua missão e finalmente, o que é igreja respectivamente. A questão predominante está relacionada ao interesse das pessoas pela espiritualidade, mas ao mesmo tempo a repulsão que elas tem pela igreja. Afinal, como a igreja local pode se tornar relevante ao mundo do século XXI mantendo-se Fiel a Jesus e a sua mensagem ?
 
 A primeira coisa que precisamos lembrar e ter em mente é o DNA da igreja. Como ela surgiu e como ela era no seu inicio ? Se respondermos essa pergunta a luz da bíblia, veremos que a igreja em seu inicio, era composta por pecadores. Pessoas falhas que gradativamente tiveram suas vidas transformadas pelo Espirito Santo. As igrejas as quais Paulo destinava suas cartas, não eram igrejas onde todos os seus membros eram perfeitos, mas igrejas onde havia um povo justificado por Deus que estava em obras. A graça de Deus é o elemento chave para compreender que a igreja é um lugar onde pecadores são bem vindos, e que ali eles terão a oportunidade de serem lavados, santificados e justificados por Deus. O entendimento disso nos leva a manifestar mais humildade na visão que temos de nós mesmos, afinal todos somos falhos e temos um histórico de pecados no passado. Também nos leva ao relacionamentos com maior graça e um maior compromisso no cuidado mutuo. Onde cristãos se encorajam a seguir firme no processo de afastar-se da vida de pecado e buscar a vida nova em Cristo.
  As igrejas em geral sempre almejam estar integradas a cultura. Mas o que ocorre muitas vezes é que a igreja é mudada pela cultura ao invés de acontecer uma mudança na cultura devido a influencia da igreja.
  Os elementos culturais são divididos em dois grupos. No primeiro temos elementos de uma cultura marcada pela queda do homem. Mas temos também elementos que são reflexo dos seres humanos como criaturas de Deus são relacionais, racionais e criativos.
  A igreja precisa identificar os pontos de contato na cultura e oportunidades de comunicar o evangelho as pessoas inseridas na cultura e ao mesmo tempo identificar as distorções e disfunções, confrontando o que leva os seres humanos a se afastarem de Deus. Um dos elementos que influenciam muito as igrejas é o consumismo. Igrejas tendem a se tornam lojas que vendam uma certa espiritualidade e por sua vez, as pessoas se comportam como clientes indo a igreja como se estivesse escolhendo uma prestadora de serviços religiosos. A liderança é um fator inquestionável, quando se fala de ser relevante e permanecer fieis a Cristo. O que mais vemos hoje é escândalos relacionados a lideres que não se comprometeram verdadeiramente com os princípios de Deus. Esse compromisso com certeza trará algum peso e desafios, mas não há nada melhor que permanecer fiel àquele que nos chamou.
  Paralelo a liderança, está ainda a missão da igreja.
  O foco da igreja é anunciar o evangelho aos que ainda não creram. Logo no inicio, vemos que a igreja sempre tendência a se tornar um clube preocupado mais com o bem estar de seus sócios do que uma instituição voltada para os de fora. Isso aconteceu na igreja de Jerusalém e Deus através da perseguição fez com que os primeiros cristãos não se tornassem um grupo fechado, mas que anunciasse o evangelho.

  Ser igreja parte do ser cristão, do ser discípulo de Cristo. O ser igreja envolve compromisso com Deus e com a sua vontade. É ser uma comunidade dinâmica, sempre se movimentando e voltada para os de fora. É andar na disposição e capacitação do Espirito Santo. Isso requer muitas vezes abrir mão das nossas preferências e nos rendermos a vontade de Deus para nosso tempo e sociedade. Requer uma reavaliação da nossa atuação na cultura como igreja local e principalmente observar se como individuo, eu sou realmente um discípulo de Cristo, ou espero que a igreja exista em função das minhas preferencias.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Velhas canções na praça

"Vontade de sentar na praça
 e levar no violão
 antigas canções
 entoadas na voz meio desafinada
 depois das gargalhadas
 que só existem quando amigos estão na roda.
 Sentir o vento da noite soprar
 e ter a certeza
 Que também estavas lá"

by: David Almeida

sábado, 1 de dezembro de 2012

Cristãos de vidro

Cristãos de vidro



Mais um ano passou. Mais um ano está por vir. A igreja de Cristo permanece e permanecerá porque essa é a vontade de Deus. E até que chegue o dia, onde Cristo, volte para levar os seus, nós estaremos aqui falando daquele que nos amou primeiro.  
 O que quero trazer rapidamente através das minhas palavras é uma exortação para nós, cristãos que estamos vivendo no que eu diria pode muito bem ser o fim dos tempos.  
 A sociedade capitalista onde estamos inseridos, com toda sua liberdade e incentivo a individualidade, manifesta agora mais do que nunca antes, os efeitos desastrosos que cedo ou tarde apareceriam. E esse efeito não é nada mais do que feridas e mais feridas que não se fecham, nos tornando indivíduos carentes e frágeis, incapazes de ouvir a verdade, incapazes de aceitar uma repreensão, lamentosos e chorões. Porém, como discípulos de Cristo, não podemos nos conformar, não podemos tomar a forma que o presente século tem. Forma essa que cada vez mais se distancia, do que Cristo ensinou. 
 O que mais vemos hoje são pessoas dizendo que não vão mais a igreja porque fulano olhou torto para ela ou ainda, porque não vai com a cara de um ou outro. Pessoas que preferem se isolar no seu próprio mundo e não viver em comunhão como a bíblia nos ensina. Nós passamos metade da nossa vida cristã reclamando que ninguém nos ama, que as pessoas são falsas, que ninguém nos visita, que não lembram de nós e nos fazendo de vítimas que não tem culpa de nada. 

 Está na hora de parar com isso !    Devemos mais do que nunca, radicalizar no perdão, no amor e na graça.  Se não nos cumprimentam, então devemos cumprimentá-los ainda mais, se não nos amam, devemos amá-los ainda mais. Se as pessoas não nos visitam, devemos ser nós os que os visitem.  A igreja não é um clube social onde você vai para se sentir bem, é um lugar aonde você vai para oferecer um culto a Deus, para adorar a Ele em comunidade. Se uma pessoa ali dentro está errada em alguma atitude, você tem que ajudá-la e não apedrejá-la como na maioria das vezes fazemos.  Deixemos o amor de Deus tomar conta do nosso ser e entreguemo-nos a Ele para que nossa vida seja renovada e nossas feridas sejam saradas. Nós não podemos ficar lamentando feridas enquanto o mundo se afunda cada vez mais no pecado. Tenho observado que os chamados evangélicos, são os que tem mais feridas, são os verdadeiros não me toque. 

 Está na hora de parar com isso e ser cristãos de verdade. Até onde sei, morto não lamenta, não sente dor, não reclama. Porque está morto. Nós estamos mortos com Cristo para essa vida. Portanto, vivamos agora, a vida que Cristo viveu. 

by: David Almeida